quarta-feira, 6 de abril de 2016

Anime: Temporada Primavera 2016 - Primeiras Impressões


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Boku no Hero Academia



Gêneros: Ação, Aventura, Comédia, Super-Heróis.

Fonte: Mangá.
Quantidade de episódios: 13.
Estúdio: Bones.
Diretor: Kenji Nagasaki (Gundam Build Fighters; Classroom Crisis).

Como seria o mundo se 80% da população manifestasse poderes extraordinários chamados “Quirks” aos 4 anos de idade? Heróis e vilões estariam batalhando por toda parte! Tornar-se um herói significaria aprender a usar seu poder, mas onde você iria estudar? No U.A. High’s Hero Program, é claro! Mas o que você faria se fosse um dos 20% que nasceram sem poderes?


O estudante colegial Izuku Midoriya quer se tornar um herói mais do que qualquer coisa, mas ele não tem um pingo de poder. Sem qualquer chance de entrar na U.A. High School, sua vida está parecendo cada vez mais um beco sem saída. E é aí que um encontro com All Might, o maior herói de todos, dá a ela uma chance de mudar completamente seu destino…



A proposta do anime não chega a ser original; mas é, ainda assim, interessante, e eu estava bastante animado para assistir. Não posso dizer que fiquei decepcionado, no sentido completo da palavra, mas acho que o roteiro tinha margem para muitas acertos.

A comédia visual é bem feita e até funciona, mas o roteiro e a construção do protagonista não ajudam muito. Eu explico: O protagonista tem falta de confiança. Essa é a premissa dele, e eu aceito isso. Mas, se ele fosse um pouquinho mais seguro de si, os momentos em que sua confiança é visualmente destruída teriam funcionado melhor. Como falta um parâmetro de comparação, a piada acaba ficando fraca.

Mas é um anime interessante. A mera quantidade de pessoas com poderes dos mais variados promete um exercício constante de criatividade, o que por si só já seria uma qualidade. Ainda assim, não tenho certeza se vou assistir o resto. Talvez se o hype for grande.
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Uchuu Patrol Luluco



Gêneros: Escolar, Espacial.
Fonte: Original.
Quantidade de episódios: ?
Estúdio: Trigger.
Diretor: Hiroyuki Imaishi (Kill la Kill; Tengen Toppa Gurren Lagann).


Ogikubo é o nome da área da Via Láctea especialmente designada para os terráqueos morarem. Luluco é uma estudante que mora com seu pai, e é sempre considerada uma menina “super normal.” Enquanto vivia sua vida normal, o misterioso aluno de intercâmbio ΑΩ Nova aparece em sua frente de repente; um encontro que vai mudar sua vida para sempre.




Conseguiu superar minhas expectativas; que não eram baixas. Os visuais são simples e intensos, e combinam perfeitamente com o tipo de humor escolhido. O ritmo é perfeito, conseguindo um bom equilíbrio entre os momentos frenéticos e as pausas embaraçosas. Os personagens são caricatos; mas isso não é um problema, porque é a proposta desde o início. E a curta duração de cada episódio (cerca de oito minutos) te impede de ficar saturado.

Hiroyuki Imaishi conseguiu mais uma vez se provar um grande diretor. Podem correr pra assistir.
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Mayoiga



Gênero: Mistério.
Fonte: Original.
Quantidade de episódios: 12.
Estúdio: Diomedea.
Diretor: Tsutomu Mizushima (Another; Prison School).


30 jovens homens e mulheres que se encontraram em um suspeito tour. O destino desse tour: um ilusório, provavelmente não-existente vilarejo chamado Nanakimura. Em Nanakimura, é possível levar uma vida utópica, sem os obstáculos do mundo… ou era o que diziam os rumores, como uma lenda urbana.

“Sem esperança para com o mundo real… desejando escapar da entediante rotina diária… querendo recomeçar a vida do início…”


O ônibus foi em direção às montanhas, carregando 30 pessoas, cada uma com expectativas e feridas em seus corações…

Então, o lugar onde estes 30 chegaram era uma vila deserta que, embora caindo aos pedaços, ainda preservada um leve, porém persistente, aroma de vida.

Qual é a verdade de Nanakimura frente aos 30? Você não pode perder nenhum episódio!



O anime começa mal. Muito mal. Começa com muito diálogo expositivo, seguido por uns quatro minutos de MAIS DE VINTE personagens se apresentando um por um, sem contexto, de uma maneira insuportável. Eu deveria me lembrar de cada um deles? Impossível. Ou será que eu não preciso me lembrar, porque eles serão melhor apresentados novamente junto com a trama? Se é o caso, pra que perder meu tempo? Não ajuda o fato de pelo menos metade deles serem clichês completos, e dos mais mal-feitos.

Daí pra frente, melhora bastante. A trama, ao menos nesse início, se desenvolve ao redor das interações entre os personagens, com um ritmo lento e agradável. O clima também é bem balanceado: não pesa demais a mão no mistério, como é comum em animes do gênero, e se permite momentos de descontração.

Em suma: eu comecei a assistir o primeiro episódio com vontade de desligar ali mesmo, e terminei com vontade de saber o que vai acontecer a seguir. Ainda assim, não tenho certeza se levo adiante.
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Kuma Miko



Gênero: Comédia.
Fonte: Mangá.
Quantidade de episódios: ?
Estúdio: Kinema Citrus.
Diretor: Kiyoshi Matsuda (estreante).


É a história de Machi, uma estudante do ensino médio que presta serviço como sacerdotiza em um santuário xintoísta e cuida de um urso que vive na montanha na região de Tohoku, norte do Japão. O urso, Natsu, tem a capacidade de falar e é o tutor de Machi. Quando a garota explica que vai frequentar uma escola na cidade grande, ele dá para Machi um conjunto de tarefas que ela deve passar para ser capaz de sobreviver à vida da cidade.



Ainda estou rindo enquanto escrevo essa resenha. Pela sinopse, eu não esperava muito deste anime. Para falar a verdade, só coloquei ele na minha lista para enchê-la um pouco, e já estava preparado para algo morno e sem sal. Eu não poderia estar mais enganado.

Para começar, a protagonista e o urso têm bastante química, e os diálogos entre eles fluem bem e são engraçados. Além disso, o anime faz tentativas de humor visual que, se não são geniais, ao menos funcionam muito bem.

Mas o que realmente me pegou foi o tipo de comédia que dominou a segunda metade do primeiro episódio. Não vou explicar para não perder a graça; mas, se eles mantiverem o nível, pode apostar que eu vou continuar assistindo.
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Joker Game



Gêneros: Histórico; Militar.
Fonte: Light Novel.
Quantidade de episódios: ?
Estúdio: Production IG
Diretor: Kazuya Nomura (Ghost in the Shell (2015); Robotics Notes).


Passando-se no ano de 1937, na véspera da II Guerra Mundial, a história envolve uma misteriosa organização de formação de espiões conhecida como a “Agência D”. A organização foi estabelecida por Yuuki, tenente-coronel do Exército Imperial Japonês. Seus ideais o levam a recrutar pessoas fora do mundo militar, treinando-as para se tornarem agentes especializados nas artes da manipulação. Um desses agentes, sob o nome de Jirou Gamou, vai em uma missão angustiante para descobrir documentos secretos intitulados “notas pretas”, enquanto luta contra as forças de dentro e em suas próprias fileiras.



Um anime sério, que promete uma trama complexa e cheia de reviravoltas. Pertence àquela mesma categoria que foi imensamente popularizada com o sucesso de Death Note - mas eu me arrisco a dizer que Joker Game é (ou ao menos tenta ser) mais sério e mais adulto.

Esse anime promete muito, e só o tempo dirá se ele vai conseguir alcançar. Mas ao menos o primeiro episódio foi bem promissor. Os visuais e animação sóbrios e contidos combinam perfeitamente com a trama, assim como o ritmo calmo. O enredo do primeiro episódio foi  ideal, com uma reviravolta vinda de surpresa, mas ainda assim condizente com o que foi estabelecido antes. Com certeza vou continuar assistindo.
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Bungou Stray Dogs



Gêneros: Mistério; Sobrenatural.
Fonte: Mangá.
Quantidade de episódios: 12.
Estúdio: Bones.
Diretor: Takuya Igarashi (Ashita no Nadja; Soul Eater).


Nakajima Atsushi foi expulso de seu orfanato e agora não tem nenhum lugar para ir ou alimentos para comer. Enquanto à beira da inanição, resgata um homem que tentava se suicidar no rio. Esse homem era Dazai Osamu. Ele e seu parceiro Kunikida são membros de uma agência de detetives muito especial. Eles têm poderes sobrenaturais e lida com casos que são muito perigosas para a polícia. Eles estão rastreando um tigre que tem aparecido na área recentemente. O tigre parece ter uma conexão com Atsushi, e no momento em que o caso for resolvido, está óbvio que o futuro de Atsushi envolverá muito mais de Dazai e o resto dos detetives!



Confesso que achei a proposta da série e a trama do primeiro episódio interessantes. Poderia ser um bom anime, se fosse bem executado. Mas não foi.

A falta de competência nos quesitos técnicos é gritante. O som é horrível, com efeitos sonoros altíssimos e músicas de fundo que tiram toda a atenção dos diálogos. As ações, reações e falas dos personagens até estão na direção certa, mas são absurdamente exageradas. E o ritmo é terrível; o primeiro episódio se arrasta tediosamente durante a maior parte de sua duração, tem uma cena de luta até que bem ritmada e então se arrasta novamente no final.

Como muitos animes, esse até poderia ser bom. Mas não é. Não pretendo seguir adiante.
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Sakamoto desu ga?


Gêneros: Comédia; Escolar.
Fonte: Mangá.
Quantidade de episódios: ?
Estúdio: Studio Deen.
Diretor: Shinji Takamatsu (School Rumble).

O novato Sakamoto não é apenas legal, ele é o mais legal de todos! Quase que imediatamente após começar as aulas nesta escola, ele começa a atrair a atenção de todos. As garotas o amam e quase todos os garotos o respeitam. Tem até mesmo um garoto que é modelo, mas perde as luzes do palco para Sakamoto. Não importa quais os truques os outros garotos usem contra ele, Sakamoto sempre consegue os enganar com facilidade e estilo. Mas mesmo sendo tão legal e tudo mais, ele ainda ajuda a quem lhe pede, como no caso do garoto de sua classe que é atormentado frequentemente por bullies. Não importa as dificuldades que Sakamoto enfrente, ele passa por sua vida colegial com muita confiança e estilo!


Gostei de cara da proposta deste anime, e ele foi executado à altura. Se a arte e a animação não se destacam, ao menos elas funcionam na medida. A música, por outro lado, é perfeita - com muito jazz e até bossa nova ajudando ativamente a compor a cena (ao contrário de muitos animes, onde a música é apenas um "fundo").

Cada episódio é dividido em duas histórias menores e independentes, o que dá um ritmo bom pra comédia e evita que ela fique "esticada". Eu diria que o anime é tão cool quanto o próprio protagonista.
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Flying Witch


Gêneros: ComédiaSlice of LifeSobrenatural.
Fonte: Mangá.
Quantidade de Episódios: 12.
Estúdio: J.C. Staff.
Diretor: Katsushi Sakurabi (Kamisama no MemuchouShingetsutan Tsukihime).

Em uma terra abençoada pela natureza, coisas bizarras começam a acontecer. Makoto Kowata, 15, é uma bruxa profissional. Ela sai de Yokohama com Chito, seu gato preto, para viver em na casa de seus parentes em Aomori. É ali que ela vai começar seu treinamento como bruxa.
Apesar dos poderes de Makoto ainda se limitarem a apenas voar pelos céus, ela e seus primos de segundo grau Kei e Chinatsu sem aproveitam ao máximo cada dia.


Bonitinho e cativante, com boa arte, bons designs de personagens e alguns momentos engraçados. Mas, assim como qualquer slice of life, possui um ritmo lento e um clima blasé que incomodam a maioria dos espectadores comuns. Não é um defeito - é mais uma característica do gênero - mas vale a pena avisar.

Não sou um grande fã de animes slice of life, e não sei se este agradaria um fã do gênero, mas eu gostei mais do que o de costume.

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